Quando me tornei ovo-lacto-vegetariana eu tinha apenas 16 anos, claro que meus pais quase morreram do coração, principalmente porque eu era uma criança difícil para comer e já tivera anemia. No entanto, o que aconteceu foi um aumento incrível de saúde e vitalidade que só se potencializou ao longo dos anos. A verdade é que eu comecei a prestar mais atenção a tudo o que eu comia, comecei a ter uma alimentação mais diversificada e saudável.
Quanto à dificuldade em saber o que comer, a minha dica é usar a criatividade e deixar desabrochar o seu lado chef de cuisine. Você vai comer de tudo, exceto carnes, vai descobrir um mundo de variedades de novos alimentos e combinações. Muito se fala sobre a soja ser essencial nesta etapa, mas saiba que ela é totalmente dispensável. Primeiro porque é um alimento altamente indigesto e segundo porque é extremamente prejudicial ao meio ambiente.
É possível preparar todas as receitas tradicionais sem usar a carne de nenhum animal e nem a soja: hambúrguer, lasanha, feijoada, estrogonofe, pizzas, pratos orientais, quibe, pastéis, pães, tortas salgadas etc. Também vai continuar podendo comer doces, bolo de chocolate, brigadeiro, biscoitos, sorvetes. Mas é muito importante que a comida seja gostosa, realmente prazerosa, bem temperada, bem feita, rica em cores e aromas. Muita gente acha que só porque não come carne a comida tem que ser marrom e sem gosto. Sem essa, por favor!
Uma pesquisa feita pelo IBOPE em 2012 mostra que 8% dos brasileiros, ou 15,2 milhões de pessoas, já se declaravam vegetarianas. É muito fácil perceber como o interesse em eliminar ou diminuir o consumo de carnes vem crescendo cada vez mais, basta procurar na internet sobre o tema e ver a quantidade de blogues, sites, organizações e institutos que aparecem na busca.
Até grandes chefs como Jamie Oliver adotaram a campanha Segunda Sem Carne. Portanto, só cabe a você quebrar os paradigmas que a sociedade lhe impõe e decidir o que você quer de verdade colocar no seu prato.
Repense seus alimentos!
Por Renata Junqueira